quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A história dos brincos de penas

Acabámos hoje de ler a nossa história e deixamos aqui o nosso trabalho:







A história dos brincos de penas



Numa linda manhã de primavera, Pé de Atleta (pequeno índio da tribo Sempre em Pé), fazia o seu exercício físico habitual (correr), quando de repente, caíram seis penas coloridas a seus pés.






Olhou para o céu e não viu nenhuma ave. Na tentativa de desvendar este mistério, pensou que talvez pudessem ser penas de um anjo. Lembrou-se então, que o professor Pé Calçado lhe havia dito que os anjos têm as penas mais brancas que a neve e Pé Descalço (vigilante da escola), dizia que os anjos maus, tinham penas pretas. Mas estas… eram coloridas!






Desapontado, pegou nas penas e correu para o tipi (tenda) de sua tia que ficava na aldeia, pois esta tinha-lhe prometido um colar de dentes de urso quando ele fizesse dez anos o que tinha acontecido no dia anterior.






Quando chegou à tenda, Pé de Atleta viu a tia muito atarefada a coser uma manta velha, com um cheiro tão intenso que até atraía os lobos e coiotes.




Mostrou-lhe as penas que trazia na mão e perguntou-lhe se sabia a quem pertenciam. Pé de Meia (sua tia) respondeu sem hesitar que eram do tio Patinhas (o pato mais poupado alguma vez visto). Pé de Salsa (ajudante do cozinheiro do chefe da tribo) que acabara de entrar na tenda com uns biscoitos deliciosos disse:


- As penas do tio Patinhas são brancas! Acho que essas, são penas de falcão!
Pé de Atleta muito desapontado dirigiu-se à sua tenda à espera que começasse a reunião da tribo onde os homens mais velhos (grandes sábios) iriam descobrir a quem pertenciam as penas.
Logo que chegou à reunião, Pé de Atleta colocou o seu problema. Foram abordadas várias hipóteses mas não chegaram a uma conclusão.




Foram necessários vários dias para encontrar uma resposta.
Finalmente, Pé de Guerra descobriu que as penas não eram de ave. Eram … penas de gente.




-Quem tem mais penas nesta tribo é Pé Chato! – Pensou Pé de Atleta logo que soube da novidade e foi imediatamente ter com ela para esclarecer a situação.
Pé de Atleta confessou a verdade e explicou então que aquelas penas eram “ penas da alma “. Penas da alma são as saudades e a tristeza que temos dentro de nós, que normalmente só saem quando deixamos que alguém nos ajude.







Um velho sábio da tribo explicara-lhe que estas penas só sairiam de dentro dela quando ela não tivesse pena de as deixar voar.
Decidida a libertar-se delas, Pé Chato subira à montanha, respirara fundo e as penas voaram e foram cair aos pés do pequeno índio.




Pé Chato explicou ainda que as penas eram coloridas porque eram penas de saudades daqueles que já haviam partido para o céu e da sua irmã que estava a estudar na cidade.
- Mas agora que vou eu fazer com elas? Pensava que nunca mais as iria ver! – Desabafou Pé Chato.





- Faz com elas qualquer coisa de útil! Uns brincos por exemplo!
Pé Chato mandou fazer os brincos a um artesão da tribo e ficaram encantadores.



Maria Teresa Maia Gonzalez
A História dos brincos de penas
Lisboa, Editorial Presença, 2006


Com esta história aprendemos que quando estamos tristes ou com saudades, temos de arranjar alguém para desabafar, ou seja, para nos ajudar a fazer qualquer coisa de útil com as nossas penas.




“Quando a vida te dá um limão azedo, junta-lhe água e açúcar e tens uma limonada”.


Desafio: gostaríamos de pedir a todos aqueles que visitam o nosso blogue que comentassem este pensamento lindo.

9 comentários:

Rodrigo M. disse...

o livro foi muito giro adorei
elevamos 3 dias
Rodrigo Murilhas

Anónimo disse...

Adorei esta história, com ela aprendemos que se temos uma vida "azeda" podemos sempre torma-na mais "doce", basta-nos dar mais valor ao que nos torna feliz.
Carolina Nunes Germano

Anónimo disse...

Desafio:
Se o teu dia não correu nada bem, não esmoreças e não desistas de lutar por torná-lo positivo, lembra-te que tens sempre junto de ti pessoas amigas que estão sempre dispostas a ouvir-te, apoiar-te e ajudar-te a resolver esses aborrecimentos.
Deixo-te aqui estas singelas palávras:
Por mais amarga que penses ser a tua vida, lembra-te que o bom caminho depende de ti.
Torna-te um Homem e uma Mulher saudável e respeita tudo e todos.
A vida te recompensará, vais ver que sim.
SN

alunos sempremforma disse...

Ao longo destes três dias vestimos a pele de detetives tentando desvendar o mistério das penas coloridas. Foram momentos de muita magia e emoção mas foi uma missão impossível. "Penas da alma"... não conseguimos lá chegar. Mas adorámos a história e aprendemos muito com ela.

13 de Outubro de 2011 10:08

Anónimo disse...

Todos vós ao longo da vida, momentos menos bons irão ter
mas com determinação e sabedoria irão conseguir vencer.
Que consigam transformar:
a tristeza em alegria
as lágrimas em sorrisos,
sempre em boa companhia.
Desabafármos com um familiar ou um amigo, vai-nos fazer bem: pelo conselho que nos poderão dar, pelo simples facto de nos ouvirem, mas também porque nos vamos sentir mais leves ... COMO AS PENAS!
Fátima Caeiro

Carmen disse...

Sem dúvida, uma linda história e com uma grande mensagem, mesmo que agora vocês não compreendam o que são "as penas da alma" pois são pequeninos, um dia vão perceber que todos nós ao longo da nossa vida temos momentos bons e momentos menos bons(para não dizer maus e difíceis), as "penas da alma" são os menos bons, aquilo que nos magoa, que nos faz chorar, que nos faz sentir tristes, seja por que motivo for.
Com esta história podemos aprender que quando as temos(as tais penas) as devemos deixar voar, seja falando com alguém, com amigos, com pais, com professores, desabafando, ou até mesmo chorando, também nos alivia e ajuda a sentir mais leves.
A vida é uma grande dádiva, a partir do momento em que vamos parar à barriga da nossa mãe é aí que o grande caminho começa, nem sempre é um caminho fácil mas temos que o percorrer da melhor maneira que sabemos e tentarmos ser felizes, saudáveis, amigos, por isso se ela em dada altura só nos dá limões, fazemos uma bela limonada e juntamos um bocadinho de açucar, temos que aproveitar tudo o que ela nos dá e transformar o menos bom em algo BOM! Não queremos fazer coleção de penas às cores, utilizemos então as cores dos lápis e aguarelas para fazer um lindo arco-iris, porque mesmo quando o Sol não se vê por trás das nuvens escuras ele está lá Existe.
Sejam felizes meus meninos!
Um beijo grande e um abraço daqui é à Lua.
Carmen

Cátia Meco disse...

Acabámos de ler a história em família. Gostámos muito.
Nos dias que correm, em que todos nos queixamos muito, é importante parar e reflectir para ganhar novo alento.
Esta história faz-nos sonhar e sossega-nos a alma e a frase faz-nos acreditar que vamos conseguir ultrapassar as dificuldades e colocar açúcar e água nestes limões tão azedos.

Pais do Rodrigo Silva disse...

Era uma vez um limoeiro (turma B) com 23 limões (alunos da turma B).
Este limões apesar de terem todos a mesma idade, eram todos diferentes entre si.
Havia alguns a quem o sol iluminava o dia inteiro, outros a quem o sol só iluminava algumas horas do dia e outros que estavam sempre à sombra.
Isto resultava em diferentes “estados de alma”, uns conviviam bem com a sombra (=problemas) , outros tinham saudades quando o sol se ia embora, outros sentiam-se tristes.
Foi então que um pomareiro (=a professora), apercebendo-se dos diferentes estados de alma, lhes explicou que apesar de uns se sentirem mais azedos que outros, todos eles poderiam resultar em excelentes limonadas Bastava que para isso valorizassem o que de melhor havia dentro da sua “alma”.
Por outro lado a limonada (=vida) era feita recorrendo a água e açúcar (=amigos e família) que podiam sempre adoçar as suas “penas de alma”.

Sorte destes limões que têm um pomareiro a explicar-lhes este segredo!

Vicente Silva disse...

Com esta história aprendemos que quando estamos tristes devemos conversar com alguém que goste de nós, porque assim libertamos as nossas penas e vamos sentir-nos melhor.