quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"A nuvem que não queria chover"





















Era uma vez uma nuvem

De seu nome Marinela

Do grande reino das nuvens

Era ela a mais bela.















Certo dia Marinela

De casa se afastou

E o vento furioso

A família lhe levou.




Marinela desolada

Pelo céu andou, andou...

E à beira de um rochedo

O jovem vento encontrou.










Marinela intrigada

Pôs-se logo a perguntar-lhe:

Mas será que tu ó Vento

Comigo queres brincar?















Se procuras brincadeira

A outro vai convidar

Vai bater a outra porta
Meu destino é trabalhar.


Trabalho sem alegria

A ninguém pode agradar

Disse Marinela ao vento

Que o pôs logo a pensar.










O vento trabalhador

Na brincadeira exagerou

E o mais velho de todos os ventos

Uma reunião organizou.



Depois de alguma confusão

Perdoar foi a decisão

Mas o vento Repressivo

Foi o maior rezingão.

Mandaram o Mensageiro


Ao Jovem Vento levar


A boa nova dizendo


Que era preciso trabalhar.


Começava a ter remorsos

De tantos dias folgar

Ao ouvir a boa nova


Com Marinela foi falar.

Marinela, boa amiga,


Temos de nos separar

O teu destino é chover

E o meu é só soprar.

Dos olhos de Marinela


Uma lágrima escapou

E num piscar de olhos

Em chuva se transformou.


O vento apaixonado

Nunca pára de chamar:

Marinela... Marinela...
Contigo quero casar!

Esta história tão romântica

A todos quer ensinar

Que a amizade é um tesouro

Que ninguém pode roubar.

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