Esperamos que gostem e que possam aprender com ela, tanto quanto nós aprendemos.
O Segredo do rio
Era uma vez um menino que vivia na aldeia numa casa perto do rio.
Junto à casa, o rio formava um lago com água muito limpinha, onde o menino passava todo o seu tempo livre: nadava, dava grandes mergulhos, divertia-se a ver os peixes e secava-se ao sol. Nas noites quentes de Verão, o menino sentava-se ali para se refrescar e observar as estrelas brilhantes. Sempre que via uma estrela cadente, pedia logo três desejos, como a mãe lhe havia ensinado.
As pessoas da aldeia cuidavam muito bem da água do rio não permitindo que ninguém a poluísse pois todos sabiam que a água é um bem precioso que todos devemos preservar.
À volta da casa havia um pomar com fruta abundante durante todo o ano. No Inverno laranjas e tangerinas, na Primavera, peras e maçãs, no Verão, era a vez das cerejas e dos pêssegos, no final do Verão e no Outono, chegavam os figos e os marmelos. As parreiras enchiam-se de uvas deliciosas.
Havia também castanheiros, carvalhos e um frondoso chorão debaixo do qual o menino adorava brincar às cabanas com os irmãos e amigos.
Numa noite de Verão, o menino, como habitualmente, deitou-se na areia grossa a observar as estrelas e a pensar naquilo que a mãe lhe tinha explicado: cada pessoa boa que morre e deixa na terra alguém de quem gosta muito, é mais uma estrela que se junta às outras, e lá do céu, vê tudo o que se passa cá em baixo e toma conta das pessoas que cá deixou, para que nada de mal lhes aconteça.
Era noite de lua cheia e o menino conseguia ver tudo à sua volta. Estava sentado debaixo do chorão e ouviu um barulho estranho: olhou e viu qualquer coisa a mexer debaixo das silvas do outro lado do rio. Escondeu-se cheio de medo e viu uma mãe javali com dois filhotes a beber água no rio. Ficou muito quietinho até eles desaparecerem.
Numa tarde de Primavera em que o campo estava coberto de trevo, girassóis e malmequeres, o menino foi até ao rio brincar com as pedras pois a água ainda estava muito fria para ele poder nadar. De repente ouviu um barulho na água: era uma carpa que deu um salto enorme. Parecia uma bailarina a dançar.
O menino ficou excitado mas ao mesmo tempo, assustado. Encheu-se de coragem e perguntou ao peixe:
- Que espécie de peixe és tu?
- Sou uma carpa, o peixe do rio que dá os maiores saltos fora de água. Alimento-me de lagartos e insectos, gosto de viver no mesmo sítio e tenho uma vida muito longa. - Respondeu o peixe.
- Sabes falar como eu?
- Dentro de água falo a língua dos peixes, fora de água falo a tua língua! Vou contar-te a minha história: eu vivia no aquário de um menino que cuidava muito bem de mim. Dava-me tanta comida que eu cresci muito e já não cabia no aquário. Tiveram de me deitar ao rio.
Deixas-me viver aqui? Este lago é muito lindo, tem uma água muito limpinha e muitas pedras para construir a minha casa.
O menino não sabia se devia autorizar aquele peixe tão grande e falador a viver no seu lago mas teve pena dele e decidiu fazer um acordo.
- Podes ficar aqui a viver mas ninguém pode saber que sabes falar se não pensam que sou maluco.
- Está combinado!- Respondeu a carpa dando um grande salto fora de água.
Ficaram grandes amigos. Sempre que o menino tinha um momento livre vinha até ao lago conversar com a amiga. À noite quando não conseguia dormir saltava pela janela e vinha até ao lago.
Conversavam e faziam grandes corridas. O menino agarrava-se à cauda da carpa e deslizava pelo rio fora.
Era uma vez um menino que vivia na aldeia numa casa perto do rio.
Junto à casa, o rio formava um lago com água muito limpinha, onde o menino passava todo o seu tempo livre: nadava, dava grandes mergulhos, divertia-se a ver os peixes e secava-se ao sol. Nas noites quentes de Verão, o menino sentava-se ali para se refrescar e observar as estrelas brilhantes. Sempre que via uma estrela cadente, pedia logo três desejos, como a mãe lhe havia ensinado.
As pessoas da aldeia cuidavam muito bem da água do rio não permitindo que ninguém a poluísse pois todos sabiam que a água é um bem precioso que todos devemos preservar.
À volta da casa havia um pomar com fruta abundante durante todo o ano. No Inverno laranjas e tangerinas, na Primavera, peras e maçãs, no Verão, era a vez das cerejas e dos pêssegos, no final do Verão e no Outono, chegavam os figos e os marmelos. As parreiras enchiam-se de uvas deliciosas.
Havia também castanheiros, carvalhos e um frondoso chorão debaixo do qual o menino adorava brincar às cabanas com os irmãos e amigos.
Numa noite de Verão, o menino, como habitualmente, deitou-se na areia grossa a observar as estrelas e a pensar naquilo que a mãe lhe tinha explicado: cada pessoa boa que morre e deixa na terra alguém de quem gosta muito, é mais uma estrela que se junta às outras, e lá do céu, vê tudo o que se passa cá em baixo e toma conta das pessoas que cá deixou, para que nada de mal lhes aconteça.
Era noite de lua cheia e o menino conseguia ver tudo à sua volta. Estava sentado debaixo do chorão e ouviu um barulho estranho: olhou e viu qualquer coisa a mexer debaixo das silvas do outro lado do rio. Escondeu-se cheio de medo e viu uma mãe javali com dois filhotes a beber água no rio. Ficou muito quietinho até eles desaparecerem.
Numa tarde de Primavera em que o campo estava coberto de trevo, girassóis e malmequeres, o menino foi até ao rio brincar com as pedras pois a água ainda estava muito fria para ele poder nadar. De repente ouviu um barulho na água: era uma carpa que deu um salto enorme. Parecia uma bailarina a dançar.
O menino ficou excitado mas ao mesmo tempo, assustado. Encheu-se de coragem e perguntou ao peixe:
- Que espécie de peixe és tu?
- Sou uma carpa, o peixe do rio que dá os maiores saltos fora de água. Alimento-me de lagartos e insectos, gosto de viver no mesmo sítio e tenho uma vida muito longa. - Respondeu o peixe.
- Sabes falar como eu?
- Dentro de água falo a língua dos peixes, fora de água falo a tua língua! Vou contar-te a minha história: eu vivia no aquário de um menino que cuidava muito bem de mim. Dava-me tanta comida que eu cresci muito e já não cabia no aquário. Tiveram de me deitar ao rio.
Deixas-me viver aqui? Este lago é muito lindo, tem uma água muito limpinha e muitas pedras para construir a minha casa.
O menino não sabia se devia autorizar aquele peixe tão grande e falador a viver no seu lago mas teve pena dele e decidiu fazer um acordo.
- Podes ficar aqui a viver mas ninguém pode saber que sabes falar se não pensam que sou maluco.
- Está combinado!- Respondeu a carpa dando um grande salto fora de água.
Ficaram grandes amigos. Sempre que o menino tinha um momento livre vinha até ao lago conversar com a amiga. À noite quando não conseguia dormir saltava pela janela e vinha até ao lago.
Conversavam e faziam grandes corridas. O menino agarrava-se à cauda da carpa e deslizava pelo rio fora.
Passou a Primavera e veio o Verão e o menino e a sua amiga carpa passaram momentos inesquecíveis. Quando passavam pelos outros peixes eles ficavam espantados.
Chegou o Outono e os dias continuavam quentes e não chovia. O menino estava radiante porque podia continuar a nadar no lago e a brincar com o peixe. Mas, os pais do menino estavam preocupadíssimos: não havia água para regar os campos e os cereais não podiam crescer, as uvas queimaram-se e as oliveiras não tinham azeitonas. A fruta apodrecia nas árvores e já não havia azeite, nem legumes para vender. Não havia trigo nem milho para fazer a farinha. O porco estava magro porque tinha pouca comida, as galinhas e os patos já não tinham comida.
Uma noite, quando o pai desesperado dizia que já não sabia o que fazer, a mãe do menino lembrou-se então que tinha visto um peixe enorme no lago que o marido poderia pescar para comerem.
Já quase a dormir, o menino ouviu a conversa e ficou preocupadíssimo: por um lado, era seu dever ajudar os pais, por outro tinha pena da sua amiga carpa que iria ser cozinhada.
Vestiu-se a correr e foi até ao lago. Atirou três pedrinhas ( era o sinal combinado) e a carpa veio muito preocupada.
- Mas que queres tu a esta hora?
O menino contou-lhe tudo e disse-lhe que ela tinha de fugir para bem longe. Despediram-se com muitas lágrimas. A carpa foi à procura de nova casa e o menino ficou deitado na areia a chorar.
No dia seguinte o pai do menino ficou decepcionado por não ter apanhado a carpa e o menino sentiu-se um traidor mas ao mesmo tempo feliz por ter salvado a vida à sua amiga carpa.
Passaram duas semanas e os dias continuavam quentes e não chovia. Na aldeia todos estavam preocupados: as suas reservas estavam a acabar e não podiam fazer as sementeiras. O menino estava duplamente triste: os pais já não tinham nada para comer e o rio tinha perdido o seu segredo. Quando chegava da escola já não ia até ao rio. Deitava-se na sua cama muito triste a pensar na sua amiga carpa.
Numa noite de luar, o menino estava à janela do seu quarto e sentiu algo de muito estranho. Olhou para o rio e viu a sua amiga carpa fora de água a chamar por si. Calçou as botas num abrir e fechar de olhos e foi a correr para o rio.
Atirou-se à água, abraçou-se ao peixe e perguntou:
- Regressaste? Tinha tantas saudades tuas!...
- Quero viver novamente aqui se tu me deixares. – Respondeu o peixe.
- Não podes porque o meu pai vai-te pescar.
- Eu já resolvi o vosso problema. Quando parti à procura de nova casa ia muito triste a pensar que não deve haver nada pior para os pais do que verem os filhos com fome sem terem nada para lhes dar. Foi então que me lembrei dum navio naufragado onde dormi antes de vir para cá. Fui até lá, estendi uma rede de pesca que lá estava e coloquei lá dentro todas as latas de conservas que lá existiam.
O menino estava muito comovido e perguntou:
- E depois? Como conseguiste trazer esse embrulho tão grande?
- Primeiro tentei fazê-lo sozinho mas não consegui. Pedi ajuda aos peixes, mas também não resultou. Foi então que encontrei duas raposas, expliquei-lhes o vosso problema e disse-lhes que quando as pessoas são amigas dos animais, nós, animais devemos retribuir essa amizade.
Foram então elas que me ajudaram. Foram doze dias de viagem.
- Onde estão as raposas?
- Foram-se embora na condição de regressarem para festejar se tu me deixares viver novamente aqui.
O menino ficou tão contente que combinou com o peixe nunca dizer a ninguém que ele falava mas sim que ele era muito bom porque lhes tinha salvado a vida. E assim certamente que o seu pai iria deixar a carpa viver novamente naquele rio.
Assim foi, na manhã seguinte o menino levou os pais até ao rio e contou-lhes tudo o que tinha combinado com o peixe. Os pais nem queriam acreditar. Levaram a manhã inteira a transportar latas de conserva. Tinham comida para o Inverno inteiro.
O pai ficou tão comovido que imediatamente concordou não só em deixar o peixe ficar no rio, como decidiu também fazer uma tabuleta que dizia: “ proibido pescar neste local”.
O menino ficou encantado e no dia seguinte colocou ao lado desta outra tabuleta que dizia:
“Este rio tem um segredo e esse segredo é só meu”.
Chegou o Outono e os dias continuavam quentes e não chovia. O menino estava radiante porque podia continuar a nadar no lago e a brincar com o peixe. Mas, os pais do menino estavam preocupadíssimos: não havia água para regar os campos e os cereais não podiam crescer, as uvas queimaram-se e as oliveiras não tinham azeitonas. A fruta apodrecia nas árvores e já não havia azeite, nem legumes para vender. Não havia trigo nem milho para fazer a farinha. O porco estava magro porque tinha pouca comida, as galinhas e os patos já não tinham comida.
Uma noite, quando o pai desesperado dizia que já não sabia o que fazer, a mãe do menino lembrou-se então que tinha visto um peixe enorme no lago que o marido poderia pescar para comerem.
Já quase a dormir, o menino ouviu a conversa e ficou preocupadíssimo: por um lado, era seu dever ajudar os pais, por outro tinha pena da sua amiga carpa que iria ser cozinhada.
Vestiu-se a correr e foi até ao lago. Atirou três pedrinhas ( era o sinal combinado) e a carpa veio muito preocupada.
- Mas que queres tu a esta hora?
O menino contou-lhe tudo e disse-lhe que ela tinha de fugir para bem longe. Despediram-se com muitas lágrimas. A carpa foi à procura de nova casa e o menino ficou deitado na areia a chorar.
No dia seguinte o pai do menino ficou decepcionado por não ter apanhado a carpa e o menino sentiu-se um traidor mas ao mesmo tempo feliz por ter salvado a vida à sua amiga carpa.
Passaram duas semanas e os dias continuavam quentes e não chovia. Na aldeia todos estavam preocupados: as suas reservas estavam a acabar e não podiam fazer as sementeiras. O menino estava duplamente triste: os pais já não tinham nada para comer e o rio tinha perdido o seu segredo. Quando chegava da escola já não ia até ao rio. Deitava-se na sua cama muito triste a pensar na sua amiga carpa.
Numa noite de luar, o menino estava à janela do seu quarto e sentiu algo de muito estranho. Olhou para o rio e viu a sua amiga carpa fora de água a chamar por si. Calçou as botas num abrir e fechar de olhos e foi a correr para o rio.
Atirou-se à água, abraçou-se ao peixe e perguntou:
- Regressaste? Tinha tantas saudades tuas!...
- Quero viver novamente aqui se tu me deixares. – Respondeu o peixe.
- Não podes porque o meu pai vai-te pescar.
- Eu já resolvi o vosso problema. Quando parti à procura de nova casa ia muito triste a pensar que não deve haver nada pior para os pais do que verem os filhos com fome sem terem nada para lhes dar. Foi então que me lembrei dum navio naufragado onde dormi antes de vir para cá. Fui até lá, estendi uma rede de pesca que lá estava e coloquei lá dentro todas as latas de conservas que lá existiam.
O menino estava muito comovido e perguntou:
- E depois? Como conseguiste trazer esse embrulho tão grande?
- Primeiro tentei fazê-lo sozinho mas não consegui. Pedi ajuda aos peixes, mas também não resultou. Foi então que encontrei duas raposas, expliquei-lhes o vosso problema e disse-lhes que quando as pessoas são amigas dos animais, nós, animais devemos retribuir essa amizade.
Foram então elas que me ajudaram. Foram doze dias de viagem.
- Onde estão as raposas?
- Foram-se embora na condição de regressarem para festejar se tu me deixares viver novamente aqui.
O menino ficou tão contente que combinou com o peixe nunca dizer a ninguém que ele falava mas sim que ele era muito bom porque lhes tinha salvado a vida. E assim certamente que o seu pai iria deixar a carpa viver novamente naquele rio.
Assim foi, na manhã seguinte o menino levou os pais até ao rio e contou-lhes tudo o que tinha combinado com o peixe. Os pais nem queriam acreditar. Levaram a manhã inteira a transportar latas de conserva. Tinham comida para o Inverno inteiro.
O pai ficou tão comovido que imediatamente concordou não só em deixar o peixe ficar no rio, como decidiu também fazer uma tabuleta que dizia: “ proibido pescar neste local”.
O menino ficou encantado e no dia seguinte colocou ao lado desta outra tabuleta que dizia:
“Este rio tem um segredo e esse segredo é só meu”.
10 comentários:
É uma linda história e uma grande lição para toda a gente.
beijos
Carmen
O texto está muito giro e também os desenhos.Os poemas não estão
nada mal.
Obrigado professora Inácia pela história que nos leu.
Adivinhem quem somos.
A historia está muito gira
não gostava que não fizéssemos mais
depois vamos fazer um livro segredo rio este livro vai ser ainda mais
especial.
Agora que eu escrevi um comentário adivinhem quem sou
Este livro tem uma exelente história que eu adorei.
amizade é
muito mas muito
importante todos nós
gostamos dela e o nosso nome é
os
sempremforma.
Sabem o que é que vocês são?
São uns macacos de imitação.
Adivinhem quem sou eu.
Sou muito vosso amigo
E gosto muito de brincar
Sou um bocado distraído
E gosto também de com os outros gozar.
Inácia és tú o anónimo e o Fred também.
fiquem já sabendo que amanhã vos vou dar u castigo e uma pequena lição
ok joão miguel ou sua echelencia mas comoigo não porque só achei graca não fiz o comentário senhor espertalhão.
daniel
ok joão miguel ou sua echelencia mas comoigo não porque só achei graca não fiz o comentário senhor espertalhão.
d
a
n
i
e
l
desculpe inácia eu deixei muito espaço mas não era a intenção é que saio mal.daniel
oi
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