quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A SEREIAZINHA

Finalmente aqui vamos apresentar o nosso trabalho acerca do livro da Sereiazinha.
Lemos o livro, resumimo-lo, ilustrámos os nossos resumos e compilámos tudo isto num pequeno livro. Vivemos momentos maravilhosos de verdadeira fantasia. Viajámos pelo mundo fantástico da imaginação, que é sem dúvida alguma, para todos nós, o nosso predilecto.
Nós adoramos ler e fazer este tipo de trabalhos. Estamos ansiosos de começar a ler um novo livro, mas agora estamos a chegar aquela altura do ano em que a escola já não é tão divertida: as avaliações. Mas tudo isto faz parte do nosso trabalho e como bons trabalhadores que somos, vamos também fazê-lo bem.

A SEREIAZINHA
Autor: Hans Christian Andersen

Num Mar longínquo, onde a água é de um azul cristalino, no mais profundo de todos os mares, havia um majestoso palácio. Era um palácio com as paredes de coral, janelas de âmbar pontiagudo e tectos de ostras que abriam e fechavam mostrando pérolas maravilhosas.
Nesse palácio vivia um rei viúvo com a rainha sua mãe e seis belas princesas suas filhas.
Para que as princesas pudessem passar o tempo de uma forma saudável, a avó ofereceu a cada uma o seu bocadinho de jardim para cuidar.
Uma fez o canteiro em forma de baleia, outra em forma de sereia e a mais nova desenhou um círculo onde plantou flores que pareciam o sol e colocou no meio uma linda estátua de um rapazinho em pedra branca que viera de um naufrágio.
A princesa mais nova era a mais bela e sentia um prazer enorme quando ouvia falar dos humanos e de tudo o que com estes se relacionava.
Passava noites à janela e conseguia ver a lua e as estrelas através da água do mar.
Sua avó prometera-lhe que logo que fizessem quinze anos poderiam ir até à superfície para ver o mundo dos humanos.
A princesa mais velha fez quinze anos e foi até à superfície. Quando regressou tinha muita coisa para contar, mas aquilo de que mais gostou foi estar deitada na areia a olhar a cidade.
No ano seguinte a segunda irmã foi até à superfície e ficou encantada com o pôr-do-sol.
A terceira irmã viu vinhas, ouviu os pássaros cantar, sentiu o calor do sol e viu crianças a brincar na água.
A quarta não foi tão longe. Viu navios ao longe, golfinhos e baleias.
A quinta, como fazia anos no Inverno, sentou-se num icebergue e contemplou a fúria de uma tempestade.
Depois de visitarem o mundo dos humanos, todas elas tinham saudades da sua casa. Achavam que o fundo do mar era bem mais belo.
Finalmente, a sereiazinha mais nova fez quinze anos. A avó fez-lhe uma coroa de pérolas, pôs-lha na cabeça e ela nadou até à superfície. Viu um navio e espreitou pelas vigias. Festejava-se o aniversário de um jovem príncipe, por quem a sereiazinha imediatamente se apaixonou.
De repente levanta-se uma tempestade no mar, o barco parte-se ao meio e o príncipe afunda-se.
De momento, a sereiazinha ficou radiante porque o seu amado ia viver para o fundo do mar. Mas, de repente apercebeu-se que para isso ele teria de morrer e ela não queria que ele morresse. Nadou até junto dele e levou-o para terra.
Quando a tempestade acalmou, a sereiazinha fez-lhe festinhas na cabeça e beijou-o na testa e escondeu-se atrás de uma rocha até que viesse alguém para o socorrer.
Assim que viu que ele estava salvo, a sereiazinha regressou ao seu mundo cheia de pena de ter abandonado o príncipe e não contou a ninguém aquilo que tinha acontecido.
Diariamente voltava à superfície, mas nunca mais conseguiu ver o seu apaixonado. O seu único conforto era abraçar a estátua do seu jardim, que tantas semelhanças tinha com o príncipe.
Finalmente a tristeza era tanta que teve que desabafar com uma das irmãs que imediatamente descobriu o palácio do príncipe encantado.
A sereiazinha e as irmãs nadaram até ao luxuoso palácio e a partir daí, a sereiazinha fazia disso a sua tarefa preferida e ficava a espreitá-lo sem que este se apercebesse. Ouvia os pescadores falarem dele como uma pessoa muito boa.
Começou a ficar cada vez mais interessada pelo mundo dos humanos e fazia muitas perguntas à avó que lhe respondia sempre de maneira sábia e inteligente. Dizia-lhe que os peixes podem viver até trezentos anos e depois sobem à superfície para olhar o mundo dos humanos, transformados em espuma do mar. Os humanos por sua vez, só podem viver até cem anos mas têm uma alma imortal que depois do corpo se transformar em pó, sobe até às estrelas brilhantes.
A sereiazinha perguntava então à avó o que teria de fazer para ter uma alma imortal.
- Isso só poderia acontecer se algum humano casasse contigo. Mas isso nunca acontecerá devido à tua cauda de sereia. – Dizia a avó. A sereiazinha ficou muito triste e a avó disse então:
- Vamos deixar-nos de tristezas e vamos divertir-nos. Logo à noite daremos um baile na corte e convidaremos todos os peixes das redondezas.
O salão era de cristal lindíssimo e no meio passava um rio onde dançavam tritões e sereias ao som do seu belo canto. O canto mais doce era o da sereiazinha. Quando todos batiam palmas ela ficava muito feliz, mas depressa essa felicidade era ultrapassada pela enorme tristeza de não possuir uma alma imortal e não conseguir alcançar o amor do seu príncipe encantado.
Enquanto todos se divertiam, ela decidiu pedir ajuda à bruxa do mar que vivia para lá dos remoinhos turbulentos.
Partiu. Era um caminho onde só havia remoinhos, areia cinzenta, águas bravias e uma longa faixa pantanosa de lama borbulhante. No meio de uma misteriosa floresta com árvores cujos ramos eram longos braços viscosos com dedos parecidos a vermes ondulantes que mexiam permanentemente. Tudo aquilo em que tocavam ficava para sempre enrolado a eles.
A sereiazinha estava apavorada e quase voltou para trás, mas… ganhou coragem e partiu. Prendeu os cabelos e nadou por entre aqueles horríveis ramos que tentavam apanhá-la. Chegou finalmente à casa da bruxa que vivia rodeada de cobras-de água, no meio da floresta, numa casa feita de ossos dos humanos que haviam morrido nos
naufrágios.
Mal a viu, a bruxa disse-lhe que sabia muito bem aquilo que ele queria: uma alma imortal e casar-se com o príncipe.
- Vou preparar-te uma poção mágica que terás de beber antes de o sol nascer. A tua cauda transformar-se-á em duas pernas, mas sofrerás dores terríveis. Nunca mais voltarás a casa do teu pai e terás de me dar em troca de tudo isto, a tua bela voz.
A sereiazinha, ainda pensou desistir, mas o seu desejo era tão forte que decidiu aceitar.
Pegou no frasco da poção mágica e nadou até ao palácio de seu pai. Pegou numa flor, atirou mil beijos em direcção ao palácio e nadou até à superfície.
Bebeu a poção mágica e as dores foram tantas, que desmaiou ficando como morta.
Acordou ao nascer do sol e sentiu, uma vez mais, dores horríveis. Viu o príncipe à sua frente que a olhava com tal intensidade que ela baixou os olhos. E, muito surpreendida, viu que tinha duas maravilhosas pernas, mas estava nua. Muito envergonhada, tapou-se com o seu cabelo.
O príncipe perguntou-lhe quem era e donde vinha mas ela não tinha voz e só respondia com o seu olhar doce e apaixonado. Ele pegou-lhe na mão e levou-a para o palácio onde lhe vestiram as roupas mais belas e ninguém se cansava de enaltecer a sua beleza.
Houve festa no palácio e a sereiazinha encantou a todos com a sua dança, muito particularmente o príncipe.
A sereiazinha passou a dormir numa almofada de veludo junto à porta do quarto do príncipe.
Todas as noites a sereiazinha ir refrescar os pés e pensar em tudo aquilo que tinha deixado em troca do amor do príncipe. Ficava triste sem saber como fazer para alcançar o seu amor.
Apesar dos pedidos da avó e das irmãs, ela recusava-se a voltar, na esperança de um dia conseguir alcançar o seu grande sonho.
O príncipe gostava muito dela, dizia-lhe que ela o fazia lembrar uma rapariga linda que tinha salvado e que jamais perderia o lugar no seu coração. A sereiazinha ficava com o coração partido mas não sabia como dizer-lhe que essa rapariga era ela.
Certo dia, o príncipe desabafou com ela dizendo-lhe que os pais queriam que ele conhecesse a princesa do reino vizinho. Ele iria fazer-lhes a vontade, mas jamais se apaixonaria por ela. E beijando-lhe os lábios disse:
-Só tu, me fazes lembrar a minha amada.
E partiu para o reino vizinho.
Passados dias a princesa do reino vizinho chegou. Era linda de verdade e o príncipe pensando tratar-se da sua apaixonada, correu a contar à sereiazinha que, como era de esperar, ficou desolada. Ela sabia que logo que ele se casasse com outra, a sereiazinha transformar-se-ia em espuma do mar.
Chegou finalmente o grande dia. O príncipe ia casar com a princesa do reino vizinho.
A sereiazinha vestida de seda pegava no véu da noiva enquanto pensava que aquele era o seu último dia de vida. Houve grande festa no reino e todos foram convidados.
À noite depois de terminados os festejos, o príncipe e a sua noiva, retiraram-se para a tenda real.
A sereiazinha encostou-se à amurada à espera da madrugada pensando em tudo o que lhe tinha acontecido. De repente, as suas irmãs apareceram dizendo que tinham dado à bruxa os seus longos cabelos, em troca de uma solução para lhe salvar a vida. A bruxa deu-lhes uma faca e disse que antes de o sol nascer, a sereiazinha tinha de pegar nela e matar o príncipe. Logo que uma gota de sangue do príncipe caísse nos seus pés, estes transformar-se-iam novamente em cauda, e a sereiazinha voltaria à sua antiga condição de sereia.
O amor da sereiazinha pelo príncipe era tão grande que ela não conseguiu matá-lo.
Pegou na faca e atirou-a ao mar.
O sol nasceu e a sereiazinha, como recompensa de tanta bondade e sofrimento, transformou-se em espírito do ar. Passados trezentos anos iria obter a alma imortal com que sempre sonhou. Por cada criança boa que ela encontrasse ser-lhe-ia reduzido um ano aos trezentos, e por cada criança má, ser-lhe-ia acrescentado um ano, por cada lágrima que ela fizesse derramar.
A sereiazinha olhou e viu o príncipe que juntamente com a sua noiva a procuravam por todo o lado sem fazer a mínima ideia daquilo que lhe tinha acontecido. Ela sorriu e subiu juntamente com os outros espíritos para uma nuvem rosada que voava pelo céu.


Para que a sereiazinha consiga rapidamente obter a sua alma imortal e ser feliz, vamos todos ser aquelas crianças boas que tornam os pais felizes e merecem o seu amor.


Resumo colectivo: alunos do 3ºanoD
E.B.1 Nº3 do Barreiro

5 comentários:

Anónimo disse...

Olá eu sou a Sofia e gostei muito da hístória da Sereiazinha.
Mas a ultima parte foi um bocado dificil.

Beijos da Sofia

Anónimo disse...

que girA estÁ esta história, poque p'ra LEM DE TER todo o resumo do livro tem também desenhos giríssimos.


Beijos do daniel

Anónimo disse...

olá estive a ler melhor com atenção e adorei

Anónimo disse...

A história da Sereiazinha foi espectacular eu não tenho palavras para descrever esta história.
Eu adorei-a.

C. disse...

Esta é uma história muito bonita, mas nem todas as histórias têm finais felizes, pelo menos como nós imaginávamos.
De qualquer forma a Sereiazinha encontrou uma forma de ser feliz tentando alcançar a sua alma imortal e como não há crianças más, apenas umas mais traquinas que outras, de certeza que a sereiazinha já é uma alma imortal, no entanto esforcem-se por ser uns meninos bem comportados para que os pais se sintam ainda mais felizes do que já são, só pelo facto de vocês terem nascido.
Boa sorte nas vossas avaliações da Páscoa.
Carmen (mãe do Rodrigo)